O advogado Gustavo Nagelstein, que defendia o cirurgião plástico Klaus Brodbeck, acusado de abusar sexualmente de dezenas das pacientes, informou nesta terça-feira que não representa mais o suspeito. Nagelstein afirmou que a saída se deve a divergências com a companheira do médico, além de questões de foro íntimo. “Desde a prisão dele (cirurgião plástico) eu tive divergências com a companheira dele e isso impede que eu permaneça à frente do caso”, ressaltou o advogado.
Na noite de 16 de julho, a polícia prendeu o cirurgião plástico, de 54 anos, em Gramado, na Serra. Agentes da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre cumpriram um mandado de prisão preventiva, expedido pela 2ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre, após o parecer favorável do Ministério Público. O médico continua detido na Penitenciária de Canoas.
O cirurgião começou a ser investigado por suspeita de abuso sexual após 12 das pacientes terem registrado ocorrência na Deam. Desde então, mais 83 mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar o homem, relatando casos de assédio moral, sexual e até estupro de vulnerável.
No dia 13, policiais da delegacia especializada cumpriram dois mandados de busca e apreensão. Um na residência do médico e o outro na clínica de cirurgia plástica do suspeito, no bairro Três Figueiras. Nos dois locais, foram recolhidos mídias e outros objetos, enviados ao IGP para análise.
Após as buscas, Brodbeck chegou a prestar depoimento na Deam, e negou as acusações.
