O governo do Rio Grande do Sul ainda não chegou a um consenso sobre onde realocar a Secretaria da Segurança Pública, cujo prédio-sede pegou fogo e desabou parcialmente, entre a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira passada. O Gabinete de Contingência, liderado pelo vice-governador e secretário da SSP, Ranolfo Vieira Júnior, e que envolve áreas como patrimônio, planejamento e gestão, estuda as alternativas para o impasse.
A primeira é sobre que destino dar ao terreno do edifício inutilizado. Após a localização dos dois bombeiros militares desaparecidos e a realização de perícia e investigação no local, as estruturas restantes e escombros devem ser retirados do local.
O Estado comprou a área, que pertencia à Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), em 1998. A inauguração como sede da SSP ocorreu em 5 de julho de 2002. Até então, a Pasta tinha o comando situado em um prédio na rua Sete de Setembro, na área central de Porto Alege.
Já a segunda alternativa trata da construção de uma nova sede para a pasta – no mesmo local ou não. Em caso de aprovação de um novo edifício, a obra do futuro prédio do Instituto-Geral de Perícias (IGP), ao lado do que pegou fogo, pode servir de comparativo de custo e tempo de entrega.
O imóvel, com sete pavimentos e área de 11.734,44 metros quadrados de área construída, deve ser entregue pela construtora até setembro, conforme o contrato. A obra começou em 2015, teve uma parada de um ano e prosseguiu em 2017. O custo chega a R$ 32,4 milhões, com recursos federais e contrapartida estadual.
O prédio do IGP, contudo, exige uma série de características próprias para o trabalho pericial, o que implica em elevação de custo e aumento de tempo para conclusão da obra. Já um prédio administrativo, em princípio, pode custar menos e ficar pronto em um tempo menor.