A Ugeirm Sindicato contabilizou, na manhã desta segunda-feira, ao menos 113 presos em viaturas da Brigada Militar e celas de delegacias da Polícia Civil em Porto Alegre, Região Metropolitana, Vale do Rio dos Sinos, Vale do Paranhana e Litoral Norte. O grupo aguarda vagas no sistema prisional.
Conforme levantamento da entidade de classe dos policiais civis, só a 2ª DPPA, no Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga, em Porto Alegre, tinha 19 presos nessa situação. Em um determinado momento, chegou a sete o número de viaturas da BM paradas no local.
Na 3ª DPPA, no bairro Navegantes, havia dois detidos e, na DHPP, um preso esperando remoção. Já a DPPA de Canoas tinha 28 detidos, a de Viamão 14, a de Gravataí 12 e a de Novo Hamburgo oito na mesma situação.
A DPPA de São Leopoldo tinha sete e as de Alvorada e Taquara, seis pessoas cada uma. O levantamento incluiu delegacias também de outras cidades, com números menores.
Ao Correio do Povo, o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fabio Castro, denunciou que “se repete o mesmo quadro, ano após ano”. Ele constatou que o problema permanece “mesmo após o Poder Judiciário ter intimado o Governo do Estado a tomar uma decisão”.
O dirigente advertiu sobre os riscos, sobretudo aos policiais civis e militares que fazem a custódia dos presos até a liberação de vagas no sistema carcerário. “Parece que não solução. Caiu no senso comum infelizmente”, lamentou Fabio Castro.