Em um dia de pânico no mercado financeiro internacional, o dólar teve a maior alta diária em dez meses e voltou a fechar acima de R$ 5,20. O temor com a disseminação da variante delta do novo coronavírus também provocou turbulência na bolsa de valores, que caiu para o menor nível desde o fim de maio.
O dólar comercial encerrou a segunda-feira vendido a R$ 5,251, com alta de R$ 0,135 (+2,64%). Foi a maior valorização para um dia desde 18 de setembro do ano passado. A cotação está no maior valor desde 27 de maio, quando tinha fechado a R$ 5,255.
Na bolsa de valores, o índice Ibovespa, da B3, iniciou a semana com queda de 1,24%, fechando aos 124.395 pontos, hoje. Em baixa pela terceira sessão seguida, o indicador está no nível mais baixo também desde 27 de maio. Na ocasião, o índice tinha encerrado aos 124.367.
Em todo o planeta, o dólar subiu e as bolsas caíram. O crescimento de casos de Covid-19 em diversos países avançados voltou a reforçar as expectativas de que novas medidas de restrição social sejam impostas por diversos governos, o que força os investidores a revisarem para baixo as projeções de recuperação da economia global.
O fim da maioria das restrições sociais no Reino Unido, que começou a vigorar hoje, não animou os mercados. O receio de que o número de casos no país, assim como no restante da Europa, dispare predominou nas negociações.
A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de aumentar a produção nos próximos dois anos também não reduziu o pessimismo dos investidores. A cotação do barril de petróleo caiu cerca de 5% após o anúncio da medida, mas o receio de que novos lockdowns em economias avançadas reduza a demanda de combustíveis também influenciou as negociações.
*Com informações da Reuters