A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira, estudos clínicos da aplicação da terceira dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19. Em 10 mil voluntários, sendo 3 mil deles no Rio Grande do Sul, o imunizante vai ser ministrado entre 11 e 13 meses após a segunda dose. O objetivo é avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade do reforço.
Os voluntários da pesquisa serão os mesmos do primeiro ensaio feito para a aprovação da vacina. Além disso, serão incluídas pessoas entre 18 e 55 anos que estejam altamente expostas à infecção com o novo coronavírus, como profissionais de saúde. Gestantes e pessoas com comorbidades não devem participar.
A farmacêutica vai realizar essa pesquisa somente no Brasil, também em outros quatro estados: Bahia, 1,5 mil voluntários; Rio de Janeiro, 1,5 mil; Rio Grande do Norte, 1,5 mil; e São Paulo, 2,5 mil.
O estudo de fase três vai ser controlado, randomizado e simples-cego, quando só o voluntário não sabe se recebeu uma dose da vacina ou de placebo.
Outros países
O Reino Unido, que usou a vacina da AstraZeneca em massa na população, planeja aplicar uma terceira dose durante o outono, assim como Israel, que usou o imunizante da farmacêutica americana Pfizer.
Para a professora de Oxford e responsável pelos estudos no Brasil, Sue Ann Clemens, o objetivo da pesquisa se mostra importante para trazer evidências científicas acerca da resposta imunológica que a vacina pode oferecer. Por outro lado, ela explica que isso não significa a necessidade de uma terceira aplicação, neste momento, uma vez que a proteção se dá por 12 meses.
Proxalutamida
A Anvisa também autorizou, nesta segunda-feira, os testes clínicos do medicamento Proxalutamida para avaliar a segurança e eficácia na redução da infecção viral e no processo inflamatório provocado pela Covid-19.
O estudo da fase 3 ocorre também na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México e Estados Unidos. No Brasil, serão 12 voluntários no estado de Roraima e outros 38 em São Paulo. Somente participarão pacientes ambulatoriais do sexo masculino com Covid de leve a moderada.
*Com informações da Agência Estado