A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira (15) a solicitação de todas as mensagens enviadas ao Ministério da Saúde pelo general Walter Braga Netto no período da pandemia de covid-19 em que ele comandava a Casa Civil. Braga Netto assumiu o Ministério da Defesa em abril deste ano e foi dele, inclusive, uma dura nota contra o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), em defesa dos militares.
Até abril, ele era responsável por organizar, na Casa Civil, parte das ações do governo federal no combate à pandemia de covid-19. O requerimento foi feito pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).
Solicitações do documento
– cópia de e-mails e demais comunicações realizadas entre o ministro-chefe da Casa Civil Walter Souza Braga Netto (utilizando tanto caixa de e-mail em seu nome quanto de órgãos da instituição, inclusive relacionados ao Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, do qual era coordenador) e autoridades do Ministério da Saúde (abrangendo ministro da Saúde, secretários, diretores, chefes de gabinete, assessores, consultores e coordenadores);
– cópia de e-mails e demais comunicações realizadas entre autoridades da Casa
Civil da Presidência da República (secretários, diretores, chefes de gabinete, assessores,
consultores e coordenadores) e autoridades do Ministério da Saúde (secretários, diretores,
chefes de gabinete, assessores, consultores e coordenadores).
Em sua justificativa, Rogério Carvalho afirma que “há suspeitas de que as ordens para privilegiar a Covaxin em detrimento de outros imunizantes envolviam o então chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa”.
O parlamentar acrescenta que “Braga Netto atuou como coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19”. O senador lembra ainda que o atual chefe da Defesa teve uma “reação desproporcional do mencionado ministro, em nota, às declarações firmes e ponderadas do Senador Omar Aziz, também lança grave suspeita de que há algo a ser investigado em maior profundidade”