O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou ao fim da sessão desta quinta-feira que a comissão deve interromper os depoimentos por pouco mais de duas semanas devido ao recesso parlamentar. O próximo depoimento, com isso, ficou marcado para 3 de agosto.
A comissão, que investiga omissões do governo Bolsonaro e desvios de verbas federais por estados e municípios no combate à pandemia de Covid-19, teve o prazo prorrogado em 90 dias, nessa quarta-feira, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Com a prorrogação, a investigação prossegue pelo menos até 1º de novembro, com a possibilidade de ser postergada até completar 1 ano.
Na última semana antes do recesso, a CPI ouviu envolvidos em supostos esquemas de corrupção no Ministério da Saúde para a compra de vacinas. A primeira denúncia surgiu depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, Ricardo Miranda, acusaram a cúpula da pasta de compra irregular da vacina indiana Covaxin.
Poucos dias depois, o representante comercial da Davati e policial militar, Luiz Dominguetti, acusou o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias de pedir propina a ele durante um jantar para a compra de vacinas contra a Covid-19.
A Davati dizia ter 400 milhões de doses da Astrazeneca (que não trabalha com intermediárias) ao governo federal.