A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira (14) os depoimentos da diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, e do dono da empresa, Francisco Maximiano, sobre a tentativa de compra pelo governo Bolsonaro da vacina indiana contra covid-19 Covaxin.
De acordo com o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), primeiro será a vez de Emanuela e, se houver tempo, ocorrerá o depoimento de Maximiano. A negociação em que os dois estão envolvidos é o foco da CPI atualmente e resultou em abertura de investigação da Polícia Federal contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suposta prevaricação.
Também alvos da investigação da PF, Medrades e Maximiano terão o direito ao silêncio em resposta a perguntas dos senadores que os levem a se autoincriminar. O abuso do recurso, no entanto, pode levar o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM) a pedir punição aos depoentes.
Na sessão de ontem, Emanuela se recusou a responder inclusive qual sua função na Precisa Medicamentos. Após esse episódio, Aziz consultou novamente o STF para entender até que ponto ela poderia ficar em silêncio de acordo com o habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux.
A sessão foi retomada no início da noite de terça-feira, mas Emanuela, alegando cansaço, insistiu para a oitiva ser remarcada. Aziz concordou com o pedido, desde que diretora se comprometesse a falar toda a verdade nesta quarta. Ela concordou.
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