Polícia Civil investiga cirurgião plástico suspeito de estuprar pacientes em Porto Alegre

Pelo menos doze mulheres relatam ter sido vítimas do profissional

Agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão nesta terça. Foto: Polícia Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação

Um cirurgião plástico que atende em uma clínica localizada no bairro Três Figueiras, na zona Norte de Porto Alegre, é investigado pela prática de crimes contra a dignidade sexual de pacientes. Nesta terça-feira (13), o homem foi alvo de dois mandados de busca e apreensão – cumpridos em sua casa e, também, no local onde ele trabalha.

Dezenas de aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Além disso, os agentes recolheram objetos de uso pessoal, que serão utilizados para comparação genética na tentativa de comprovar o crime de estupro de vulnerável – uma vez que as pacientes eram sedadas para a realização dos procedimentos estéticos.

A operação, que recebeu o nome de “Hipócrates”, tem como base o relato de doze vítimas. De acordo com a investigação, há indícios de que os crimes são praticados pelo médico desde 2007. Desde então, o profissional chegou a ser alvo de procedimentos administrativos no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS).

Médico tinha armas e animais exóticos em casa

As pacientes atendidas pelo suspeito foram unânimes em relatar o comportamento lascivo do acusado. Segundo elas, a importunação sexual começava já nas consultas, uma vez que o investigado se dirigia a elas com comentários que ultrapassavam os limites da relação médico-paciente.

A operação policial também culminou na apreensão de armas de fogo nos endereços vinculados ao homem. As autoridades também investigam a procedência de alguns animais exóticos que foram localizados na residência – em ocorrências que podem dar ainda mais consistência ao provável inquérito do caso.

A reportagem da Rádio Guaíba consultou o CREMERS sobre o caso. Em nota, a entidade informou que “tomou conhecimento da investigação por meio da Polícia Civil e busca informações sobre os fatos relatados para apurar eventuais responsabilidades”. Ainda conforme o Conselho, o assunto será encaminhado à corregedoria.