A cidade de Porto Alegre ficou em segundo lugar no ranking das capitais que melhor lidaram com os protocolos de prevenção à Covid-19 no ambiente escolar. O ranking, divulgado pela Folha de São Paulo no fim de semana, leva em conta dados da Rede de Pesquisa Solidária. Pelo levantamento, o melhor índice absoluto é de Palmas (TO), onde as aulas presenciais ainda não retornaram. Em um índice de 0 a 100, Porto Alegre obteve pontuação 73, enquanto a capital do Tocantins ficou com 74.
Já entre as capitais que retomaram as atividades escolares, Porto Alegre é a mais bem avaliada, ficando à frente de Belo Horizonte (MG), Macapá (AP) e São Paulo (SP), com pontuação de 69, 66 e 65, respectivamente. As aulas presenciais na capital gaúcha foram retomadas em 29 de abril, de forma escalonada.
O grupo que coordenou o levantamento analisou as providências adotadas pelas três esferas de governo, desde o início do ano. Os indicadores avaliados foram transporte, distanciamento, higiene, ensino remoto, máscaras, ventilação, imunização e testagem. O grupo de pesquisa consultou decretos, portarias e outros documentos oficiais editados pelos órgãos públicos das três esferas de governo, atribuindo notas às medidas vinculadas a essas oito áreas.
As análises resultaram na criação do chamado Índice de Segurança do Retorno às Aulas Presenciais (Israp). O índice varia de 0 a 100 – quanto maior a nota, mais próximo o gestor público está das recomendações da Organização Mundial de Saúde e de autoridades de Saúde da Europa e Estados Unidos. Foram analisadas políticas públicas divulgadas até o dia 21 de junho.
Segundo a Folha, os pesquisadores concluíram que a falta de coordenação do governo federal levou governadores e prefeitos a investirem em políticas pouco eficazes. Na média, as prefeituras se saíram melhor do que os estados e a União. O Rio Grande do Sul, por exemplo, está na 18ª posição, com 55 pontos. O primeiro colocado, Ceará, registrou 77. O governo federal teve 41 pontos, contra a média dos estados de 57. Somente três receberam notas inferiores à do governo federal: Rio de Janeiro (39), Roraima (20) e Amapá (18).