Diretora da Precisa Medicamentos exerce direito de ficar em silêncio na CPI

Emanuela Medrades foi quem intermediou negociação entre o governo e o laboratório indiano para aquisição de vacinas Covaxin

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Com o direito de ficar calada para não criar provas contra si, a diretora técnica da Precisa Medicamentes, Emanuela Medrades, será ouvida nesta terça-feira (13) pela CPI da Pandemia. Coube a Emanuela, por meio da intermediária Precisa, a negociação do contrato entre o Ministério da Saúde e o laboratório Bharat Biotech, da Índia na negociação de 20 milhões de doses da Covaxin, no primeiro trimestre de 2021.

O contrato de R$ 1,6 bilhão acabou não sendo concluído, mas a denúncia de irregularidades feita pelos irmãos Miranda (o servidor do ministério Luís Ricardo e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda, do DEM-DF) fez a história voltar à tona. Emanuela obteve na segunda-feira (12) no STF (Supremo Tribunal Federal) o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento.

A Corte negou, porém, o pedido feito pela diretora técnica para que não fosse obrigada a comparecer à comissão. Na sexta-feira (9), a CPI ouviu o consultor do Ministério da Saúde William Amorim Santana, que deu mais detalhes do acordo para aquisição da Covaxin e disse que todas as suas conversas se davam com Emanuela.

A convocação da diretora da Precisa foi feita pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovada pela CPI em 30 de junho, quando também foi aprovada a transferência de sigilo telefônico e telemático da convocada.

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