A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta segunda-feira, a possibilidade da existência de dois casos suspeitos da variante delta, mais conhecida como indiana, em território gaúcho.
Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), as amostras já passaram por testes no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT), onde se apontou, em caráter preliminar, a probabilidade de elas se caracterizarem como variantes de preocupação (VOC) definidas pelo Organização Mundial de Saúde.
Com isso, segundo a SES, as amostras serão encaminhadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para análise mais aprofundada. Na Fiocruz, as amostragens passarão por um sequenciamento genômico, que fornece detalhes do perfil de mutações e classifica com precisão a linhagem. A previsão é que o resultado seja conhecido até a próxima sexta.
Ainda de acordo com a pasta, os casos em análise são de um morador de Gramado, na Serra, e outro de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Além de casos suspeitos da variante delta, também vêm sendo investigados possíveis três casos da variante Alfa, popularmente conhecida a cepa do Reino Unido.
Por conta disso, a SES informou que, nos últimos dias, as vigilâncias municipais adotaram medidas sanitárias para buscar a identificação das pessoas e fazer o rastreamento de contatos dos casos, além do isolamento e coleta de amostras para exames RT-PCR.
No Rio Grande do Sul, assim como no restante do país, a linhagem predominante em mais de 99% dos casos analisados é a Gama, também conhecida como P.1 ou variante de Manaus.