O presidente Jair Bolsonaro discursou na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), logo após a chegada da motociata em Porto Alegre, neste sábado. Na ocasião, o presidente rebateu o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que hoje preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “O que ele quer é a volta da roubalheira, a volta da impunidade através da fraude eleitoral. Não adianta me ameaçar por crime de responsabilidade. Ele não tem moral”, afirmou.
Nessa sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma nota em que rechaça as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), classificadas como “lamentáveis quanto à forma e ao conteúdo”, e afirmou que violar princípios constitucionais, como a ocorrência das eleições de 2022, “configura crime de responsabilidade”.
Bolsonaro aproveitou para voltar defender o voto impresso e questionar as pesquisas eleitorais em que aparece atrás do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, o qual chamou de nove dedos. “Se aquele de nove dedos tem 60%, segundo a pesquisa Datafolha, nós faremos o voto impresso auditável. Para ver se realmente é a opinião do povo”, afirmou.
“O valor mais alto de uma nação é a liberdade. Não vamos passar por cima da democracia e nem vão poder se opor a nossa liberdade. O meu exército são vocês. Tudo para que a nossa constituição, com todos os seus artigos e incisos, sejam cumpridos”, completou.
Bolsonaro também destacou que o governo não mandou fechar nenhum comércio desde o início da pandemia. “A pandemia, se Deus quiser, está chegando ao fim. Eu não fechei uma só casa de comércio. Eu não botei divisórias em supermercados para que vocês não possam comprar certos produtos. Eu não decretei toque de recolher. Nunca decretei um lockdown. Com todo o respeito à liberdade. Devemos enfrentar os problemas e não ficar em casa”, defendeu. “A pandemia mata sim, reconhecemos, agora devemos preservar os mais idosos e os que têm comorbidade. A miséria e a fome também leva à morte”, completou.
Bolsonaro concluiu dizendo que jurou dar a vida pela pátria quando assumiu a presidência. “Nós iremos até o final. Nós cumpriremos o nosso dever. Vamos respeitar a nossa constituição”, disse. Ele ainda exaltou que, no atual governo, não há corrupção. “Nós temos filtro e controle. Se acontecer um dia ter um caso de corrupção em algum ministério ou em alguma estatal, nós seremos um dos primeiros a tomar iniciativa.”