IGP prossegue com perícia em área onde detonação deixou três mortos em Guaporé

Objetivo é apurar as causas do acidente ocorrido na tarde dessa quinta-feira no interior do município

Foto Divulgação / ICP / CP

O Instituto-Geral de Perícias prossegue nesta sexta-feira com as análises para apurar o acidente ocorrido durante a detonação de explosivos que provocou a morte de dois militares e de um funcionário de uma empresa de britagem, em Guaporé, na Serra. O trabalho é realizado por dois peritos da 2ª Coordenadoria Regional de Perícias do IGP. “O objetivo da perícia é identificar os explosivos que causaram o acidente e determinar o raio de projeção dos estilhaços”, informou a instituição em nota oficial.

O trabalho começou depois do acidente ocorrido na tarde dessa quinta-feira em uma área de pedreira na localidade de Linha Três de Maio, no interior de Guaporé, prosseguindo inclusive durante a noite. Houve a destruição dos explosivos que restaram como medida de segurança.

Já os corpos das três vítimas foram levados para a necropsia no Posto Médico-Legal do IGP em Passo Fundo. Elas foram identificadas como o primeiro sargento Roberto Czremeta, o terceiro sargento Diego Piedade de Souza e o funcionário da empresa Irineu Ghiggi. Outros cinco militares ficaram feridos na explosão.

A empresa de britagem não era alvo da operação0 realizada na manhã de quinta-feira  em Guaporé pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, através da Delegacia do Meio Ambiente. A ação teve o apoio do Exército Brasileiro, que requisitou depois a área da pedreira para detonação efetuada sob responsabilidade militar do material recolhido.

Na operação policial foram apreendidos 531 quilos de emulsão encartuchada, 200 quilos de emulsão encartuchada, 338 metros de cordel detonante, 305 espoletas, 11 unidades de conjunto estopim e espoleta, 187 metros de estopim, 336 metros de acionador pirotécnico conhecido como brinel e 40 unidades de retardo. Nove mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos na ação em Guaporé, que teve ainda duas prisões.

Em nota oficial, o Comando Militar do Sul esclareceu que os militares faziam parte de uma equipe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 3ª Região Militar, que atua em apoio à Polícia Civil.