O governo do Rio Grande do Sul e a Famurs vão criar um grupo de trabalho para analisar e desenhar o projeto de privatização da Corsan nos municípios gaúchos. A decisão foi tomada pelo secretário-Chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e pelo presidente da Federação e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, nesta sexta-feira, após reunião realizada na Casa Civil.
De acordo com o governo do Estado, a criação do grupo de trabalho é resultado de um pedido realizado pelo presidente da Famurs ao governador Eduardo Leite durante a posse da nova diretoria da entidade, na quinta-feira. Durante a reunião, Bonotto destacou a rapidez com que o governo atendeu o pleito.
“Durante a minha posse, comentei em rápida conversa ao governador Leite sobre a criação de um grupo de trabalho contando com a Corsan, o governo do Estado e a Famurs. E em menos de 24 horas, o governo atendeu o nosso pedido. Assim já começaremos os trabalhos nas próximas semanas”, destacou.
Lemos ressaltou a importância da criação do grupo de trabalho: “Será um ótimo canal de diálogo com os prefeitos e presidentes das Associações Regionais. Aproveito para desejar uma ótima gestão ao novo presidente da Famurs, Eduardo Bonotto. Tenho certeza que o governo do Estado e a Federação serão parceiros em diversas pautas e projetos que melhorem a vida dos gaúchos”, ressaltou.
Durante a posse do prefeito Eduardo Bonotto como novo presidente da Famurs, o governador Eduardo Leite falou, ao discursar para os prefeitos, sobre a pauta da privatização da Corsan. O governador disse ainda que, mantida pública, a Corsan dificilmente vai conseguir cumprir as metas de esgoto tratado até 2033, estipuladas pelo novo Marco Regulatório do Saneamento. Atualmente, 316 municípios gaúchos mantêm serviços de saneamento prestados pela Corsan. A média de esgoto tratado atinge apenas a 17% das unidades.