Porto Alegre confirma caso de raiva em morcego e alerta sobre cuidados com o animal

Tutores de animais domésticos devem ficar atentos à atualização da vacina de cães e gatos, especialmente na região Glória-Cruzeiro-Cristal e Sul-Centro-Sul

Foto: Divulgação/PMPA

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre publicou, nesta quinta-feira, um alerta epidemiológico em que confirma um caso de raiva em um morcego hematófago (que se alimenta de sangue) encontrado em maio em uma propriedade do bairro Teresópolis.

O animal teve amostra coletada para exame de prova laboratorial para descarte ou confirmação do diagnóstico da raiva. Após o resultado positivo, um exame complementar, de prova biológica, segue em andamento, sem prazo para a divulgação do resultado.

A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos, como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e o ser humano. Ela é transmitida quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele lesionada ou mucosa, por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central e pode levar à morte.

Com a confirmação do caso, é importante que tutores de animais domésticos fiquem atentos à atualização da vacina de cães e gatos, especialmente na região Glória-Cruzeiro-Cristal e Sul-Centro-Sul. A vacina antirrábica deve ser feita nos pets a cada 12 meses.

Também é importante adotar medidas de precaução em caso de encontrar um morcego vivo ou morto em situações consideradas anormais – caído no chão, pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama e à luz do dia. A recomendação é não tocar no animal e ligar para o serviço 156 ou para a Equipe de Vigilância de Antropozoonoses (Evantropo) na DVS, pelo fone 3289-2459, solicitando o recolhimento. Se possível, capture o animal sem tocá-lo utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado até a chegada da equipe municipal.

Conforme a Lei de Crimes Ambientais, morcegos são espécies nativas e não devem ser mortos ou feridos, possuindo grande importância no equilíbrio do ecossistema.

Serviços veterinários devem notificar suspeitas ou acidentes à Evantropo, pelo mesmo telefone. A notificação desencadeia medidas de prevenção, controle e monitoramento.