Ex-coordenadora do PNI deixa de ser investigada e CPI da Covid suspende quebras de sigilo

Mudança se deu após a cúpula da comissão avaliar que Francieli tem colaborado durante seu depoimento

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CPI da Covid decidiu, nesta quarta-feira, mudar a condição da ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato de investigada para testemunha. Como consequência, a comissão também suspendeu as ordens de quebra de sigilo que haviam sido anteriormente aprovadas pela CPI, mirando os dados de Francieli.

A mudança se deu após a cúpula da comissão avaliar que a ex-coordenadora vem colaborando durante o depoimento à CPI. Ela disse que deixou o cargo do Ministério da Saúde devido à politização da vacinação no Brasil e chegou a citar o nome do presidente Jair Bolsonaro como um dos responsáveis por esse cenário.

Francieli contou também que o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco foi quem ordenou a retirada de presidiários dos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19. Também disse que Franco justificou a ela o motivo pelo qual o Brasil aderiu ao instrumento Covax Facility pedindo doses para apenas 10% da população (quando tinha a possibilidade de solicitar até 50%). Segundo Francieli, o ex-secretário disse que não se pode “investir todos os ovos na mesma cesta”.