Ao assumir, nesta quinta-feira, a presidência da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), o prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto (PP), disse que a entidade vai estar à frente de “pautas importantes que vão impactar diretamente a vida da população e dos municípios”, como as privatizações e a Reforma Tributária. “Esperem de nós um trabalho sério, com respeito e responsabilidade”. Outra promessa envolve a criação de um plano de desenvolvimento regionalizado setorizado, que deve ser debatido com os demais poderes.
O novo presidente dá início ao rodízio entre as legendas com base na eleição mais recente, acordo firmado entre os partidos com mais prefeitos eleitos no Rio Grande do Sul. Depois do PP, o cargo deve ser ocupado pelos indicados do MDB, PDT e PDT.
Na primeira manifestação como presidente empossado, Bonotto afirmou que vai ser “um soldado do municipalismo” durante o tempo que ficar à frente da entidade.
Além disso, informou que deve criar uma série de Câmaras temáticas para tratar de temas relevantes, como saúde, pandemia, turismo e retomada da economia.
“É o momento de buscarmos o equilíbrio da balança, colocando a saúde pública em primeiro lugar, mas não deixando de olhar para a economia e a educação”, disse.
“Tivemos que nos reinventar”, salienta Maneco ao deixar o cargo
Bonotto assume no lugar do ex-prefeito de Taquari Maneco Hassen (PT). O petista comandou a entidade ao longo da pandemia, em 2020. “Tivemos que nos reinventar. Tudo que podia dificultar o nosso trabalho aconteceu nesse um ano. Mas acho que ainda assim o saldo é extremamente significativo. Se eu tive o desafio de liderar a entidade durante a pandemia, acredito que o prefeito Bonotto tem um desafio ainda maior: liderar a saída da pandemia”, pontuou.
A cerimônia de oosse da nova gestão aconteceu de modo híbrido, no Hotel Plaza São Rafael. A Famurs ficou um ano sem organizar eventos presenciais em função da pandemia. Presente, o governador Eduardo Leite (PSDB) pediu que a federação continue “ajudando em um clima de diálogo e de bom entendimento”.
Leite ainda relembrou medidas realizadas em que as cidades foram beneficiadas, como o repasse da venda da CEEE-D. “O Estado optou por um caminho em que os municípios fossem privilegiados”, disse ele, informando um possível pagamento do passivo da saúde aos municípios, hoje atualizado em R$ 430 milhões. Ao citar a privatização da companhia, Leite também defendeu a venda da Corsan dizendo que, se concretizada, vai proporcionar um serviço melhor às cidades.
O presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB), reforçou o compromisso do parlamento em discutir os processos regionalização do saneamento. “Vamos fortalecer a relação que temos com os municípios, tornando protagonista quem precisa ser protagonista nesse debate: os prefeitos e as prefeitas do Rio Grande do Sul”.
Além do governador, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) também se manifestou. “É importante que a Capital esteja junto com os outros 496 municípios. Acredito que os prefeitos eleitos em 2020 são os mais legítimos para enfrentar a pandemia, porque fomos eleitos no meio”. Demais integrantes do governo e representantes de deputados federais também compareceram.