Queiroga defende inclusão de vacinas anticovid na cobertura dos planos de saúde

Ministro da Saúde contou que medida ainda precisa de aprovação da ANS

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/CP

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a defender a inclusão das vacinas contra Covid-19 na cobertura dos planos de saúde. Queiroga explicou, nesta segunda-feira, em entrevista coletiva após reunião com conselho da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que a medida ainda precisa de aprovação da entidade. Caso isso não seja autorizado, disse o ministro, o assunto “deixa de existir”, mas, antevendo críticas, ele defendeu que a discussão do tema já deva ser iniciada.

Para o ministro, essa inclusão pode se dar de duas formas: a primeira, com o ressarcimento do valor das vacinas aplicadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao governo federal; e a segunda, na aquisição de vacinas pelas operadoras para ofertar aos usuários. “Se as operadoras de plano de saúde ainda não conseguem adquirir essas vacinas, elas podem ser aplicadas no Programa Nacional de Imunização, e aí as operadoras vão ressarcir ao SUS”, declarou.

Queiroga ressaltou que ainda não há possibilidade de o setor privado adquirir os imunizantes contra a Covid-19, mas afirmou que a discussão do tema é para um cenário futuro, quando a pandemia se tornar uma endemia.

Ao comentar sobre a necessidade de já se começar a discutir o tema, Queiroga reclamou: “Se eu não discutir isso agora ‘ah, o senhor não discutiu, e aí não fez a previsão’. Então, esse assunto tem que ser discutido, sim, e precisa ser discutido do ponto de vista técnico”.

“Quarenta e oito milhões de brasileiros custeiam planos de saúde, e custeiam por um objetivo simples, ter assistência à saúde. Isso abrange desde a atenção primária, até a atenção especializada à saúde, e políticas de vacinação constam na questão da atenção primária”, disse o ministro, em defesa do proposta.

Ao comentar sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Queiroga se limitou a declarar que só se preocupa com a pandemia, que a CPI não consta do seu “menu de preocupações”.

*Com informações da Agência Estado