O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira que a CPI da Covid do Senado Federal se manifeste, no prazo de cinco dias, sobre o adiamento do depoimento do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
A defesa de Barros, que atua como líder do governo na Câmara dos Deputados, acionou o STF com um mandado de segurança em que solicita que seja mantida a data original da oitiva.
O depoimento era previsto para o dia 8, mas foi desmarcado pela comissão, sem que a nova data tenha sido definida. Barros afirmou que está sendo “impedido de exercer ampla defesa” por “abuso de poder” da comissão que, de acordo com ele, o ataca de forma indevida.
O líder do governo na Câmara entrou na mira da CPI após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmar que o parlamentar foi apontado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como o responsável por irregularidades na compra da vacina indiana contra a Covid-19 Covaxin.
Na ocasião, Miranda disse que a citação contra Barros ocorreu durante a conversa que teve com o chefe do Executivo, na qual alertou Bolsonaro sobre as suspeitas do contrato, ao custo de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses.