A perseguição ao assassino em série Lázaro Barbosa, de 32 anos, por uma força tarefa da polícia em cidades do interior de Goiás entra neste sábado no 18º dia.
Ontem, a Justiça mandou soltar um dos dois presos sob suspeita de facilitar a fuga do criminoso, o caseiro Alain de Santana, de 33 anos. A expectativa da defesa é que deixe a cadeia pública de Águas Lindas de Goiás neste sábado. O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, continua preso.
Em depoimento, Alain disse que sofreu ameaças de Lázaro durante o tempo em que acobertaram o serial killer em uma fazenda na região de Girassol, em Goiás. “Sei onde sua família mora”, teria dito o fugitivo, segundo o depoimento do suspeito antes da transferência deles para a prisão.
Os dois passaram por uma audiência de custódia ontem a tarde, segundo o advogado de Alain, Adenilson dos Santos, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Elmi.
O advogado disse ainda que dois fatores podem ter comprometido Alain e influenciado sua prisão. Ele cumpre pena em regime semi-aberto por roubo e receptação e sua mulher mora nos fundos da casa do pai de Lázaro. “Ele conhecia o pai do Lázaro, tem essa coincidênia que a esposa dele mora anos fundos da casa do pai do Lázaro, talvez essa coincidência tenha prejudicado ele”, disse Santos à Record TV.
Um dos equipamentos de alta tecnologia usados pela polícia na perseguição é um drone termal da Receita Federal, que detectou a presença de uma pessoa na mata fechada da localidade de Girassol, perto de Cocalzinho de Goiás (GO), na madrugada desta sexta.
Do alto, o equipamento, que mapeia em vermelho pontos de calor, encontrou animais, equipes da força-tarefa que estão espalhadas pelo cerrado e ainda uma pessoa no meio dos arbustos. Quando o drone se aproxima, o ponto de calor, que representa uma pessoa, desaparece. À noite, o equipamento localiza qualquer ponto de calor, mesmo a longas distâncias. Foi com essa câmera que o drone flagrou a movimentação na madrugada.