O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), negou envolvimento no esquema suspeito de irregularidades para compra da vacina contra Covid-19 Covaxin. O deputado Luis Miranda (DEM-DF), após ser pressionado na sessão da CPI, revelou que era do parlamentar o nome citado pelo presidente Jair Bolsonaro em reunião com ele e o irmão, Luis Ricardo, em 20 de março.
“Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin”, frisou Barros no Twitter. “Não sou esse parlamentar citado”, repetiu.
O líder do governo garantiu que as investigações do tema vão “provar” que ele não está relacionado. “Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe Rodrigues. Não tenho relação com esse fatos.”
Antes de Miranda reconhecer, o nome de Barros já tinha vindo à tona pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues. Ele afirmou que a fiscal do Ministério da Saúde que deu aval ao procedimento de importação da Covaxin foi nomeada por Barros quando ele era ministro da Saúde, ainda durante o governo Michel Temer.
No centro das apurações sobre o processo de aquisição da vacina indiana, o empresário Francisco Emerson Maximiano atua no setor farmacêutico há mais de uma década. Considerado próximo de Barros, Maximiano é dono de empresas que tiveram contratos contestados por órgãos de investigação em gestões do MDB e do PT, além de uma série de processos judiciais de cobranças de dívidas.
Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. “Não sou esse parlamentar citado”,
A investigação provará isso.
Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe.
Não tenho relação com esse fatos.— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 26, 2021