OMS prevê reforço de vacina contra Covid a cada dois anos

Documento interno da organização ainda sinaliza necessidade de vacina anual em grupos de pessoas mais vulneráveis

Foto: Gustavo Garbino/PMC

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que as pessoas mais vulneráveis à Covid-19, como os idosos, precisarão receber um reforço vacinal anual para se protegerem contra variantes, segundo um documento interno obtido pela Agência Reuters.

A estimativa aparece em um relatório preparado para ser discutido nesta quinta-feira em uma reunião do conselho da Gavi, uma aliança de vacinas que colidera o programa de vacinas contra a Covid-19 da OMS, o Covax Facility.

A previsão está sujeita a alterações e também é combinada com outros dois cenários menos prováveis.

Os fabricantes de vacinas Moderna e Pfizer, com a parceira alemã BioNTech, expressaram que o mundo em breve vai precisar de injeções de reforço para manter altos níveis de imunidade, embora ainda não estejam claras as evidências sobre isso.

O documento mostra que a OMS considera reforços anuais para indivíduos de alto risco como cenário básico “indicativo” e reforços a cada dois anos para a população em geral.

A agência da ONU se recusou a comentar sobre o conteúdo do documento interno, enquanto a Gavi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O documento, datado de 8 de junho, também prevê que 12 bilhões de doses da vacinas contra a Covid-19 sejam produzidas globalmente em 2022 – número superior aos 11 bilhões de doses citados pela Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas para este ano.

Até agora, cerca de 2,5 bilhões de doses foram administradas em todo o mundo, principalmente em países ricos, onde mais da metade da população recebeu pelo menos uma dose, enquanto em muitos países mais pobres menos de 1% conseguiu se vacinar, de acordo com as estimativas da Gavi.