A aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 avançou muito lentamente, nos últimos 21 dias, no Rio Grande do Sul. Nesse período, o número de pessoas que concluíram a imunização aumentou somente 1%, o que corresponde a 82.848 pessoas a mais com a segunda dose, passando de 1.563.405 para 1.646.253 gaúchos completamente protegidos da doença. Contribuíram para isso fatores como o atraso no fornecimento da Coronavac/Butantan.
Até esta quinta-feira, havia 2.354.127 segundas doses pendentes, tanto da Coronavac quanto das vacinas AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer. O número abrange pessoas que ainda não completaram o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação e aquelas que simplesmente não voltaram para completar a vacinação. Em 24 municípios, nem 10% da população concluiu a imunização. O ranking negativo é liderado por Nicolau Vergueiro, na região Norte, onde só 3,4% terminaram a vacinação. Cidades maiores, como Rio Grande e Santa Maria, também aparecem nesse grupo, com 8,6% e 8,9%, respectivamente.
Vacinômetro
Até a noite desta quinta-feira, o RS havia aplicado a primeira dose em 4.056.265 pessoas, o que corresponde a 45,3% da população vacinada. Nos últimos 21 dias, houve um avanço de cerca de 10 pontos percentuais. Mas quando se olha para a segunda dose, apenas 18,4% receberam até o momento. No gráfico disponível no vacinômetro da Secretaria Estadual da Saúde (SES), inclusive, é possível observar que a aplicação da segunda dose está praticamente estacionada desde 27 de maio.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, até a noite desta quinta, 611.994 pessoas tomaram a primeira dose, o que atinge 55,45% dos 1.103.717 moradores vacináveis da Capital. Na cidade, a aplicação da dose complementar está um pouco mais avançada em relação ao balanço estadual, com 29,4% dos vacináveis já com o esquema vacinal completo.
A diretora-adjunta da Vigilância em Saúde da Capital, Fernanda Fernandes, lembra que há cerca de oito mil pessoas que simplesmente não compareceram para receber a segunda dose da AstraZeneca. “A pessoa pode ter esquecido de tomar a segunda dose, por causa do intervalo de 12 semanas. Mas também pode ter visto alguma informação inverídica da vacinação. Essa desinformação deixa a população confusa”, considera.
