O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deixou a sessão da CPI da Covid, nesta quarta-feira, inesperadamente, enquanto era interrogado pelo senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE).
Enquanto o parlamentar fazia menção às denúncias de corrupção durante a gestão do ex-governador, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), informou que Witzel podia se valer do direito que o Superior Tribunal Federal (STF) lhe havia garantido, de ficar calado ou se ausentar.
Em meio ao interrogatório, Girão citou o suposto superfaturamento de respiradores comprados durante a pandemia e irregularidades na construção de hospitais de campanha no Rio. Pouco antes de pedir para se retirar, Witzel já havia discutido com outro governista, o senador Jorginho Mello (PL-SC). O parlamentar afirmou que o ex-governador e ex-juiz federal era uma “vergonha” ao Judiciário brasileiro.
Jorginho disse que Witzel se fazia de santo na comissão e se dizia perseguido pela Justiça. Já o ex-governador declarou que vai comprovar ter sido vítima de um Ministério Público que inventou fatos para prejudicá-lo.
Após deixar a sala, Witzel afirmou à imprensa que decidiu se retirar assim que começaram as ofensas de senadores da base aliada.