Polícia Civil pede prisão preventiva dos envolvidos no ataque a UPA de Caxias do Sul

Inquérito sobre a ação, que deixou um servidor penitenciário morto, será concluido em breve

Em Porto Alegre, o corpo do detento que fugiu foi encontrado em um apartamento na avenida Independência. Foto: Alina Souza/Correio do Povo

A Polícia Civil vai pedir a prisão preventiva dos cinco envolvidos no ataque à UPA Zona Norte de Caxias do Sul, que resultou em um servidor penitenciário morto e outro ferido durante ação de resgate de um detento. A informação foi repassada na manhã desta quinta-feira pelo titular da 8ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (8ª DPRI), delegado Cleber dos Santos Lima, à reportagem do Correio do Povo.

“Com a prisão dos suspeitos, o inquérito policial será concluído nos próximos dias com indiciamento de todos os envolvidos e representação pela prisão preventiva”, adiantou. “Há provas robustas nos autos, mas ainda devemos esperar o resultado das perícias para juntar as provas técnicas colhidas”, observou.

Sobre os possíveis indiciamentos dos cinco presos, o delegado Cleber dos Santos Lima apontou o homicídio qualificado e quatro tentativas de homicídios. “Esse aspecto quem deve decidir é o delegado Vitor Carnaúba, que é o responsável pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Caxias do Sul”, frisou.

Confronto

Na noite da última quarta-feira, o último envolvido no ataque à UPA morreu em confronto com policiais militares do 12º BPM no bairro Reolon, em Caxias do Sul. Um revólver calibre 38 foi apreendido.

O foragido, de 46 anos, era o motorista do Volkswagen Passat usado na invasão do posto de saúde, ocorrida na madrugada da última segunda-feira com o objetivo de resgatar o apenado Mig, da facção Os Manos. O veículo e armamento já tinham sido encontrados ainda no mesmo dia em uma residência alugada

Operação

Na manhã de quarta-feira, Mig foi encontrado morto no apartamento do andar térreo de um prédio residencial na avenida Independência, em Porto Alegre. Ele tirou a própria vida no momento da chegada dos agentes da DPHPP de Caxias do Sul com apoio da Brigada Militar durante uma operação no local.

No imóvel foi detido um dos participantes da invasão do posto de saúde. Um outro cúmplice foi capturado na rua Santa Cecília, no bairro Santa Cecília, também na Capital. Já o terceiro criminoso foi preso em Portão.

A mulher de Mig foi capturada em Três Cachoeiras. O mentor do ataque, um apenado, recebeu a ordem judicial de prisão dentro da Penitenciária Estadual de Caxias do Sul. Todos os cinco suspeitos estão com as prisões temporárias decretadas.

Mig foi quem matou o agente penitenciário Clóvis Antônio Roman, 54 anos, na UPA Zona Norte. Ele se apossou da pistola calibre 40, de outro agente, de 42 anos, ferido e caído depois de ter sido baleado no tiroteio dentro da unidade de saúde. Com a arma, Mig executou a vítima. A pistola foi recuperada no apartamento em que estava em Porto Alegre.