A expectativa de recuperação econômica puxada pelos resultados da agricultura e da indústria no Rio Grande do Sul se confirmaram. Após mais um ano de efeitos diretos da pandemia de coronavírus e da estiagem, a economia gaúcha reagiu e o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 5,5% no primeiro trimestre de 2021, em relação ao ano anterior. Ante ao trimestre anterior, o crescimento é de 4%.
Após uma queda abrupta nos trimestres do ano passado, o indicador recuperou o nível pré-pandemia de 2018. Os dados foram apresentados, nesta quinta-feira, pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
Puxaram o desempenho os resultados da agropecuária, que cresceu 42,2% no primeiro trimestre, em relação a 2020. Em nível nacional, o setor registrou alta de 10%. A maior contribuição veio do cultivo da soja, com avanço de 74%. Apesar de apresentar redução de 0,8% em relação ao ano anterior, o cultivo do arroz não afetou o índice geral. De acordo com os técnicos da pasta, a cultura não sofreu os efeitos da estiagem no ano passado. O setor de máquinas e equipamentos também teve influência no primeiro trimestre na indústria, que teve crescimento de 55,89% no Rio Grande do Sul.
Na contramão da recuperação, o setor de serviços – incluindo alimentação e alojamento, por exemplo – teve queda de 2,4% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao ano anterior, e um crescimento de 0,6% em relação ao trimestre anterior. O setor é um dos mais afetados pela pandemia de coronavírus.
Considerando apenas o Comércio, duas das 10 atividades apresentaram crescimento: Material de construção (24,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,8%). Os demais segmentos registraram queda, entre eles o de Hipermercados e supermercados (-6,9%), Combustíveis e lubrificantes (-22,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-51,1%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-33,7%).
A Secretaria de Planejamento, Gestão e Governança acredita que o avançar da vacinação contra o coronavírus deve contribuir no índice para o próximo trimestre, sobretudo ao setor de serviços.