Hospitais vinculados ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC) estão demitindo servidores desde o início da semana. O diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira, nega contudo que esteja ocorrendo “uma demissão em massa”. Segundo ele, os desligamentos ocorrem no Fêmina, Cristo Redentor, Criança Conceição e Conceição, instituições localizadas em Porto Alegre.
“O GHC está cumprindo o que determina a entrada da reforma da Previdência introduzida pela Emenda Constitucional, em novembro de 2019, que estabelece o rompimento do vínculo empregatício de ocupantes de cargo em função pública após sua aposentadoria”, justificou.
De acordo com Oliveira, existem técnicos de enfermagem que solicitaram a aposentadoria pelo regime geral de Previdência. “Todos aqueles que tiverem solicitado aposentadoria, seja por idade ou por tempo de contribuição, obrigatoriamente cessa o vínculo com o empregador. Tivemos 25 desligamentos de uma vez só essa semana. São técnicos de enfermagem, médicos, auxiliar geral, pessoal da limpeza, do administrativo, do laboratório”, afirmou.
Ele ressalta que, após a vigência da reforma da Previdência, quando a empresa toma conhecimento da aposentadoria dessas pessoas, “‘é feito o desligamento no ato”. “Não podemos ficar com a pessoa recebendo do vínculo que ela tinha, ou que ela tem, mais a sua aposentadoria”, reforçou o diretor.
Segundo Oliveira, todos os casos foram tratados pelo Departamento Jurídico do GHC “com toda transparência”. “Não há demissão em massa”, frisou. “As pessoas são comunicadas pelas unidades de pessoal e não há nada escondido. A gente está cumprindo uma obrigação legal”, justificou. Mesmo com a saída de alguns funcionários, Oliveira garante que não há falta de mão de obra para o combate à pandemia.