A Fiocruz manteve o Rio Grande do Sul em estado de alerta no combate ao coronavírus. Em boletim do Observatório da Covid-19, divulgado nesta quarta-feira, a Fundação destacou a alta taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Atualmente, 88% do sistema de Saúde estadual está ocupado – são 3.047 pacientes em 3.449 vagas – de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Além do RS, a Fiocruz também chamou atenção para a situação “preocupante” da maioria das regiões no Brasil. Na avaliação dos pesquisadores, o país vive um cenário de alto risco e segue em elevado nível de transmissão do vírus. A publicação defende a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.
Segundo o estudo, a combinação do número alto de casos com uma ligeira queda no número de óbitos e a maior parte dos estados com alta taxa de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) requer atenção. “Ainda é prematuro considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos ou que estamos entrando em uma terceira onda”, considera o boletim.
A mudança no perfil dos internados também é destacada. Conforme a Fiocruz, em face da vacinação dos idosos e maior exposição de adultos jovens, vem mudando a faixa etária de pacientes internados, o que pode influenciar no tempos de permanência hospitalar. “Em alguns estados e no Distrito Federal é possível que venha ocorrendo gerenciamento da disponibilização e bloqueio de leitos de UTI, com a manutenção do indicador em patamar elevado. Entretanto, a situação predominante é, indubitavelmente, de descontrole da pandemia”, reforça o estudo.