Coleta domiciliar paralisa em Porto Alegre e Prefeitura busca MPT para negociar

Trabalhadores interromperam os trabalhos para pedir férias e reclamar do não pagamento de benefícios pela empresa B.A. Ambiental

Foto: Samuel Vettori / Record / Especial / CP

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) de Porto Alegre confirmou, na noite desta terça-feira, que as equipes da coleta domiciliar, encarregadas de fazer o recolhimento dos resíduos orgânicos e de rejeito, paralisaram as atividades.

Funcionários da B.A. Meio Ambiente, prestadora do serviço na modalidade porta a porta para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), com sede na zona Norte da Capital, interromperam os trabalhos para cobrar férias atrasadas e reclamar do não pagamento de benefícios por parte da empresa.

De acordo com a Secretaria, não há débitos entre o DMLU e a B.A. Meio Ambiente, que pode sofrer sanções contratuais pela ação indevida.

A prefeitura também informou que vai pedir que o Ministério Público do Trabalho (MPT) intermedeie a negociação, e acionar a Defensoria Pública para representar os trabalhadores nesse processo. Além disso, os pagamentos à empresa podem ser retidos, a fim de garantir os direitos trabalhistas dos funcionários, alertou o município.

Na noite desta terça, a prefeitura seguia em negociação para que a terceirizada volte a cumprir as rotas de recolhimento e regularize a situação. Na intenção de combater o passivo de resíduos acumulados, o DMLU montou uma equipe própria. Foram escalados 33 caminhões caçamba usados pelas seções operacionais do órgão em apoio ao serviço, a fim de cumprir os 42 roteiros em atraso e evitar que, nas ruas, os resíduos se acumulem. A previsão é de que o serviço seja normalizado nesta quarta-feira.