Após a pandemia do novo coronavírus atingir significativamente o mercado de trabalho brasileiro em 2020, a retomada das contratações formais é guiada pelos mais jovens. Dos 957.889 postos com carteira assinada criados entre janeiro e abril, 70,75% (677.732) foram ocupados por profissionais com menos de 30 anos.
De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a maior parte das contratações do período envolveram jovens com idade entre 18 e 24 anos (450.788 vagas). O número corresponde a quase metade (47%) de todas admissões formais realizadas em 2021.
Para quem tem entre 25 e 29 anos, foram registradas 153.343 admissões a mais do que demissões nos quatro primeiros meses do ano. Já entre os menores de 17 anos, o saldo do mercado de trabalho formal é positivo em 73.601 postos.
Também foram mais contratados do que desligados os profissionais com idades entre 30 e 39 anos (198.790) e 40 e 49 anos (120.581). Por outro lado, os mais velhos amargaram quase 40 mil demissões a mais do que admissões entre janeiro e abril.
Na análise por gênero, foram contabilizadas 574.691 contratações com carteira assinada de homens e 383.198 de mulheres. Em ambos os casos, as maiores admissões foram destinadas a profissionais com idade entre 18 e 24 anos.
Escolaridade
Os dados apresentam ainda que, do total de contratados para atuar formalmente no Brasil até abril, 66,4% (636.032) possuí o ensino médio completo. Entre eles, a maioria das admissões é destinada para trabalhar na produção de bens e serviços industriais.
Na sequência, aparecem aqueles com ensino superior completo, com 139.835 (14,6%) novos alocados no mercado com carteira assinada no primeiro quadrimestre de 2021. A maioria dessas admissões (84.994) foi destinada a profissionais das áreas de ciências e das artes.
Também registraram saldo positivos na criação de vagas formais nos quatro primeiros meses deste ano os trabalhadores com ensino médio incompleto (71.738), fundamental completo (49.586), superior incompleto (46.734) e fundamental incompleto (16.133).
No período, apenas os classificados com analfabetos foram mais demitidos do que contratados, com 24.594 contratações e 26.761 demissões.