Cármen Lúcia autoriza investigação conjunta de Ibama e Salles

Eduardo Abin teve o afastado da presidência do Ibama decidido pelo STF em decorrência da operação Akuanduba

Foto: Nelson Jr. / SCO / STF / Agência Brasil

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou nesta segunda-feira pedido da Polícia Federal (PF) de incluir o presidente afastado do Ibama, Eduardo Fortunato Bin, no inquérito contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Na última semana, a ministra autorizou o inquérito para investigar Salles, a pedido da Procuradoria-Geral da União (PGR). A suspeita é de de que o ministro tenha atrapalhado a investigação de madeireiros enquadrados na maior apreensão de madeira ilegal da história da PF.

Na ocasião, a PGR não se manifestou sobre o presidente afastado do Ibama. Cármen Lúcia, contudo, apontou que “embora tal omissão não comprometa o exame e a decisão quanto aos demais noticiados, é certo que há de haver encaminhamento quanto a Eduardo Bin”. Por isso, a ministra do STF oficiou a PGR a se manifestar sobre a condição do ex-servidor. O órgão se posicionou favoravelmente para a inclusão de Abin no inquérito.

Eduardo Bim está afastado do cargo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no último dia 19. Ele integra o grupo de dez agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente que tiveram afastamento preventivo decretado pelo magistrado, em decorrência da operação Akuanduba.

Afastamento de Salles

A ministra do STF, no entanto, negou o pedido de afastamento de Salles do cargo por ter sido feito por uma advogada não envolvida na ação.