Em vídeo, vendedora diz que aceita pedido de desculpas de médico preso no Egito

Mensagem foi divulgada por meio das redes sociais de Victor Sorrentino

Brasileiro está detido desde o domingo, e pode responder pelo crime de assédio. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O médico Victor Sorrentino, que permanece detido no Egito em razão de comentários de cunho sexual proferidos a uma vendedora, publicou um novo vídeo no qual aparece acompanhado da vítima. Na gravação, divulgada nas redes sociais, o gaúcho volta a pedir perdão à mulher – que afirma aceitar as desculpas.

“Represento as mulheres egípcias e o povo egípcio. Somos um povo hospitaleiro e carinhoso. Recebemos visitantes de todas as partes do mundo, e é suficiente para mim que ele peça desculpas. Eu vou aceitar as suas desculpas”, disse a vendedora, em árabe. A fala foi traduzida, simultaneamente, por um intérprete.

Mensagem foi divulgada por meio das redes sociais de Victor Sorrentino. Vídeo: Reprodução/Redes Sociais
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Sorrentino já havia pedido perdão à vendedora em vídeo publicado logo após o início da repercussão negativa da primeira gravação, também divulgada nas redes sociais. “Quero deixar claro que tenho o maior respeito pelo povo egípcio em geral, especialmente às mulheres. Em nenhum momento eu quis ofender o povo egípcio”, reiterou.

Relembre o caso

O vídeo marcado pelos comentários ofensivos à mulher foi publicado em 24 de maio. Na oportunidade, Sorrentino se dirigiu à egípcia com palavras de conotação sexual. “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né? Comprido também fica legal, né?”, disse. Sem entender, a vendedora reagiu com um sorriso e acenos com a cabeça.

Alvo de críticas, o médico – que atende em um consultório de Porto Alegre e atua como palestrante – voltou ao local, onde gravou um novo vídeo. Ele diz que costuma fazer esse tipo de “brincadeira” com amigos e familiares. Já na última quinta-feira, a família Sorrentino publicou uma carta à vítima.

O pedido de desculpas foi divulgado nas redes sociais de Victor – que acumula quase um milhão de seguidores. A pena para o assédio no Egito varia de 6 meses a 3 anos de prisão. Uma multa, de até 5 mil libras, também deve ser paga caso o acusado seja considerado culpado. O processo é acompanhado pelas autoridades brasileiras.