O governo do Estado, através do Sistema 3As de monitoramento, está atento a possibilidade de uma nova onda de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul. Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta sexta-feira, o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), afirmou que a tendência de aumento das contaminações está partindo das regiões de fronteira em direção ao interior e a região Metropolitana, movimento contrário ao registrado em março, quando o alto número de infectados e a circulação de cepa de Manaus acabaram provocando colapso na rede hospitalar.
Para Lemos, a testagem em massa é uma das principais estratégias para minimizar a possibilidade de uma nova expansão da doença em território gaúcho.
“Disponibilizar testes de forma maior para a comunidade, com acessibilidade, aonde o usuário que esteja assintomático, teve contato com algum caso confirmado, possa ir no local e saber que vai fazer o teste, isso é muito importante. A ciência comprova: testar é preciso e ampliar a testagem mais ainda. Então, nós notamos que nesses municípios que estão adotando essa estratégia preventiva, como foi colocado aqui, das pessoas que vem da fronteira, fazer esses testes em espaços como a rodoviária e aeroporto é muito estratégico e necessário nesse momento que vivemos aonde o vírus avança da Fronteira em direção ao interior e do interior em direção a região Metropolitana”, destacou o presidente do Cosems.
Lemos cita o exemplo de Canoas, cidade na qual ele é secretário de saúde, que ampliou a testagem da população e, até o momento, é a única das 21 regiões Covid que ainda não receberam Avisos ou Alertas no sistemas 3As de Monitoramento.
Atualmente, a nova ferramenta, que está há 21 dias em vigor no Estado, já colocou 13 regiões em Alerta, indicador relacionado à piora da pandemia, além de outros sete Avisos, que servem como uma chamada de atenção para apontar uma possível piora no quadro da região em relação à doença.