O presidente da CBF, Rogério Caboclo, acusado nesta sexta-feira de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade, pode ser banido do futebol para sempre se comprovado o caso. A Fifa endureceu recentemente o Código de Ética na tentativa de evitar justamente o tipo de abuso denunciado.
No fim de 2019, a entidade incluiu o abuso e a exploração sexual no artigo 23 do Código de Ética. Sendo assim, a punição mínima para casos dessa natureza é de 10 anos de suspensão do futebol.
Além disso, caso seja considerado culpado, Caboclo está sujeito também ao pagamento de multa. O presidente da CBF, que acompanha a partida da seleção brasileira, pelas Eliminatórias da Copa, em Porto Alegre, ainda não se manifestou.
Aconteceu na Federação Haitiana
Em novembro de 2020, a Fifa baniu o presidente da Federação Haitiana de Futebol, Yves Jean-Bart, de qualquer atividade ligada ao esporte por um caso que pode ser semelhante ao que acontece na CBF. Naquela ocasião, a entidade máxima do futebol considerou o dirigente haitiano culpado em um caso de abuso sexual sistemático de jogadoras em Porto Príncipe.
O Comitê de Ética da Fifa esclareceu que considerou que Jean-Bart ‘usou de sua posição para assediar sexualmente e abusado de várias jogadoras, incluindo menores’.
Além da suspensão, o cartola foi condenado a pagar um milhão de francos suíços (moeda corrente na sede da Fifa, equivalente a R$ 5,7 milhões na época).