Com atraso de um hora, o voo com o lote de 356,5 mil doses da vacina AstraZeneca chegou, por volta das 16h desta quarta-feira, ao aeroporto de Porto Alegre. A remessa vai ser armazenada pela Vigilância Estadual e, na sexta-feira, distribuída às Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS). A pasta confirmou que as vacinas devem ser utilizadas para a aplicação das primeiras doses em trabalhadores da área da educação.
Também serão destinadas doses para completar a vacinação dos trabalhadores portuários e pessoas com comorbidades, e para avançar na imunização dos deficientes permanentes.
O Rio Grande do Sul ainda recebe, nesta quinta-feira, um lote com mais 38.610 doses da Pfizer, que completa a remessa projetada para a semana pelo Ministério da Saúde. O avião deve aterrissar às 14h em Porto Alegre. A distribuição das vacinas às Coordenadorias ocorre também na sexta.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, projeta, com os dois lotes, imunizar até 49% do público de professores e servidores de escolas e universidades, que é de 190 mil pessoas, em todo o Rio Grande do Sul. Desses, 66 mil já receberam a primeira aplicação. Devem se vacinar, em ordem de prioridade, trabalhadores de creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizante e de jovens e adultos, e trabalhadores da educação do ensino superior.
Desde janeiro, o Rio Grande do Sul já utilizou 4.752.072 doses contra a Covid-19. Até esta quarta-feira, 1.537.990 de pessoas haviam recebido as duas aplicações – 29,3% do grupo prioritário. A vacina da AstraZeneca representa quase metade das doses.
Vacinação ampliada
Municípios que conseguirem finalizar a imunização dos grupos das comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades e pessoas em situação de rua, funcionários do Sistema de Privação de Liberdade e população privada de liberdade e trabalhadores da educação podem seguir avançando na lista de prioridades, com o acréscimo, de forma concomitante, da vacinação por idade da população em geral (59 a 18 anos).
Outra definição, anunciada nesta quarta, libera a vacinação dos hipertensos leves, depois que secretários municipais da Saúde relataram mortes de pessoas desse grupo. “Agora não precisa mais ser hipertenso grave para ter direito à vacina. Para se imunizar, a pessoa precisa levar ao posto um receituário que indique hipertensão, apenas isso”, explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina Bastos.