Ao menos cinco casos suspeitos de fungo preto são investigados no Brasil

Doença acomete pacientes com baixa imunidade

Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação

Dois novos caso suspeitos de fungo preto foram identificado nesta quarta-feira, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul. Os outros são de um paciente com Covid-19 em Santa Catarina e de um que morreu no Amazonas. Nesse caso, a pessoa tinha 56 anos, sofria de diabetes tipo 2 e teve resultado negativo no teste para Covid-19.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul informou hoje que um paciente de 71 anos, com diabetes e hipertensão, testou positivo para Covid-19 e está com suspeita de mucormicose no olho esquerdo.

Já o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo investiga um caso de mucormicose em um paciente de cerca de 30 anos, com histórico de Covid-19.

A mucormicose, chamada também de fungo preto, ganhou destaque no noticiário dos últimos dias pelo registro de mais de 9 mil casos na Índia, que vêm sendo associados ao novo coronavírus no país asiático.

A doença pode matar em 50% das infecções, e geralmente é preciso passar por cirurgia para retirar a parte afetada pelo microrganismo.

Segundo o médico Marcus Guerra, diretor-presidente da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, do Amazonas, trata-se de um fungo raro, que acomete pacientes com doenças preexistentes ou que fazem uso de medicamentos que reduzem a imunidade.

Apesar de o fungo poder se aproveitar da Covid-19 para se desenvolver, Marcus Guerra considera baixa a possibilidade de um surto da doença no Brasil, como ocorre na Índia.

Para evitar contrair o chamado fungo preto, a recomendação é higienizar bem os alimentos e usar sempre luvas e máscaras na hora de limpar ambientes úmidos.

De acordo com Guerra, o sucesso do tratamento contra o fungo preto depende da condição de saúde prévia do paciente e da administração correta de medicação intravenosa.