Enquanto cidades brasileiras vêm adotando sistemas específicos para as doses remanescentes das vacinas contra a Covid-19, a chamada “xepa”, em Porto Alegre a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) desestimula a adoção do sistema.
Em São Paulo, por exemplo, os imunizantes são direcionados a adultos que tenham comorbidades. No Rio de Janeiro a orientação é abrir os frascos somente se houver pessoas suficientes aguardando para receber as doses.
“É uma questão de risco. Não há garantia alguma de que haverá doses e que o que sobrar vai ser aplicado em quem quer. A regra é o bom senso. O vacinador pega a sobra que tiver, quando tiver, avalia o pessoal que ainda está ali esperando e aplica em quem estiver mais dentro do perfil prioritário”, informou a pasta.
Conforme a Secretaria, a orientação é para que as equipes de saúde procurem evitar ao máximo a sobra de doses. “Eles avaliam o tamanho da fila, um pouco antes do fechamento das atividades do dia, e abrem apenas a quantidade de frascos que se estima suficiente para a quantidade de pessoas que está aguardando naquele momento e que pode ser vacinada até o encerramento do dia”, explicou a SMS.
Ainda segundo a SMS, dessa forma, sobra pouca coisa, quando sobra. “O que fica no frasco é aplicado em quem está ali, depois do fechamento, e que pertence aos grupos prioritários. Se procura aplicar aquela dose que sobrou em pessoas com maior risco ou maior atraso em relação à primeira dose”, destacou a SMS.
Portanto, não há inscrição, fila de espera, senha ou qualquer outro mecanismo de controle ou espera padrão para a “xepa”. E também não há um levantamento específico sobre quem recebeu a dose dessa forma. “Elas entram para o sistema como vacinadas, mas não há indicação de que foi com a xepa”, declarou a SMS.