A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou, nesta terça-feira, contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca para a produção de vacina contra a Covid-19 totalmente fabricada no país. O contrato formaliza um processo já iniciado de compartilhamento de inovações pela AstraZeneca, em consórcio com a Universidade de Oxford, com a Fiocruz.
No ano passado, o governo assinou um documento preliminar de encomenda tecnológica que fixou parâmetros para a aquisição de doses da vacina Oxford/AstraZeneca e para a transferência de tecnologia à Fiocruz, que passou a atuar como uma parceira no consórcio. O 1º lote de doses da Oxford/AstraZeneca veio pronto, de fora do país. Em seguida, a Fiocruz passou a fazer o envase e finalização do processo a partir do recebimento dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) vindos da China.
De acordo com a fundação, a estrutura de fabricação já recebeu certificado de boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fase seguinte é o treinamento e preparação do IFA a ser produzido no Brasil, o que deve ocorrer em junho.
Esses insumos elaborados no Brasil passarão por testes junto à AstraZeneca para aferir se eles garantem a qualidade, segurança e eficácia necessárias da fórmula original do imunizante. Em seguida, a documentação sobre o novo processo produtivo ainda precisa ser encaminhada à Anvisa para que autorize a alteração no registro da vacina já obtido, que conta com as informações dos IFAs fabricados no exterior.
A previsão da Fiocruz é que a fabricação das primeiras vacinas totalmente nacionais ocorra a partir de outubro.