Bolsonaro reforça tese de ato apolítico a chefe do Exército, sobre evento com Pazuello

Presidente conversou, informalmente, com Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, mas não pediu para o caso passar impune

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Durante viagem ao Amazonas, na semana passada, para entrega de obras e encontro com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro conversou informalmente com o comandante do Exército, o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, sobre a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em protesto no Rio de Janeiro no domingo passado.

O blog do Nolasco, do portal R7, apurou que Bolsonaro reforçou ao chefe do Exército, de forma informal, a tese de defesa de Pazuello, de que o ato no Rio de Janeiro não teve cunho político e se tratou de uma manifestação qualquer. Como argumento, Pazuello citou, ao se defender, que o presidente da República não é filiado, atualmente, a nenhum partido político.

A conversa, porém, não caminhou para um pedido de Bolsonaro de alívio completo a Pazuello. Interlocutores das Forças Armadas garantem que o presidente não pediu para que o ex-auxiliar no Planalto não seja punido.

Já Pazuello se mantém firme na decisão de não passar à reserva e continuar na ativa. A permanência é opção dele. Como atingiu o posto máximo para um general de intendência, Pazuello conta com a prerrogativa regular, amparada pelos regulamentos do Exército e pela legislação brasileira, de passar para a reserva.

Sobre o depoimento de Pazuello à CPI da Covid, a avaliação dos militares é que os senadores ficaram mais “audazes” com a saída do governo do ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo – demitido em março -, e do general Edson Leal Pujol, antecessor de Oliveira, do comando geral do Exército.

*Com informações do blog do Nolasco