Apesar do tempo bom na manhã deste sábado, o Dia D da vacinação contra a gripe não atraiu os públicos prioritários em Porto Alegre. “Está bem fraco”, resumiu o diretor da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, Fernando Ritter, à reportagem do Correio do Povo.
“Talvez as pessoas tenham perdido um pouco o interesse pela vacina H1N1. Está todo mundo focado na questão da Covid-19”, supôs. “Isto desestimulou”, sintetizou o médico.
Ele alertou, porém, que neste inverno devem ocorrer muito mais internações pela gripe do que no ano passado, quando as pessoas ainda faziam maior distanciamento social e dentro das casas por causa da pandemia da Covid-19. “As pessoas não perceberam a importância da gripe que também causa síndrome respiratória aguda grave e acaba internando em leitos clínico e de UTI”, advertiu.
Fernando Ritter lamentou que a meta da campanha de imunização contra a gripe, que termina a princípio no final de junho, está apenas em torno de 30% contra a marca desejada de pelo menos 90% dos públicos alvos na Capital. Quem mais procura a vacina ainda são os idosos, e a maior resistência segue sendo maior entre crianças e gestantes.“Este ano, as crianças estão mais na escola, vão pegar gripe a adoecer mais e vai se confundir com a Covid-19”, previu.
A vacinação contra a gripe prossegue normalmente na próxima semana. A imunização está direcionada em crianças de seis meses a seis anos, pessoas com 60 anos ou mais, professores, trabalhadores em saúde e gestantes e mães que tiveram parto há 45 dias.
Uma rede de 21 unidades de saúde em toda a cidade está inserida na campanha. A Secretaria Municipal da Saúde frisou que as pessoas que já receberam a vacina contra Covid-19 devem ter intervalo mínimo de 14 dias entre a dose recebida e a aplicação da vacina contra gripe.