Saúde estadual reitera que distribuiu doses suficientes de Coronavac para completar esquema vacinal

Informativo é uma resposta a municípios que declaram não terem recebido quantidades necessárias para a aplicação

Foto: Alina Souza / Correio do Povo

A Secretaria Estadual da Saúde emitiu uma nota, nesta quarta-feira, em que esclarece que distribuiu doses suficientes de vacinas da Coronavac para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos. O informativo é uma resposta a municípios que garantem não ter recebido quantidades necessárias para a aplicação. Entre as cidades, Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, informou que não vai conseguir zerar a fila pela segunda dose do imunizante na cidade.

No texto, a SES detalha que, desde o início da campanha, em janeiro de 2021, foram distribuídas 1.647.470 doses da Coronavac para aplicação da primeira dose. Para segundas aplicações (D2), a SES repassou 1.650.580 doses aos municípios, incluindo a última distribuição, que ocorreu nesta quarta.

“Matematicamente, portanto, o Estado distribuiu doses suficientes para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos imunizados com a primeira dose da vacina Coronavac”, sustenta a nota. A recomendação da SES é de que os municípios apliquem as segundas doses da Coronavac, tão logo seja possível, para garantir a imunidade completa dos cidadãos, e que registrem de forma célere todas as aplicações no SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações). Com esse registro, a pasta argumenta que vai ser possível avaliar faltas pontuais e planejar, se for o caso, remanejamento de saldos entre as cidades.

Os municípios dizem, ainda, que além do envio de menos doses por frasco, o número de pessoas enquadradas no público-alvo é superior ao estimado pelo Ministério da Saúde. Desde sexta-feira, por exemplo, Novo Hamburgo recebeu um total de 8.350 doses de Coronavac para um público estimado em 15 mil pessoas aguardando a segunda aplicação.

“Estamos notificando a Secretaria Estadual de Saúde sobre esta diferença entre o público estimado e o público realmente vacinado. Entre os profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos, por exemplo, há uma diferença de 7,3 mil pessoas a mais em relação ao número estimado pelo Ministério da Saúde”, explicou o secretário municipal de Saúde de Novo Hamburgo e vice-presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS), Naasom Luciano.