SES orienta a usar doses excedentes para avançar vacinação de grupos prioritários no RS

Prefeitura de Porto Alegre aguarda decisão judicial para imunizar professores

Foto: Guilherme Almeida/CP

A Secretaria Estadual da Saúde, em conjunto com o Conselho das Secretarias Municipais da Saúde (Cosems), orientaram, hoje, que as vacinas excedentes e remanescentes da Campanha contra a Covid-19 sejam utilizadas para avançar a imunização dos grupos prioritários subsequentes. A ordem deve obedecer a lista do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO).

A quantia excedente é aquela que fica disponível nos postos quando os municípios atingem 90% de imunização do público prioritário vigente. Já as remanescentes fazem parte do que se conhece como “xepa” – a sobra de doses em frascos abertos ao fim do dia e que não podem ser reparoveitadas por conta do tempo de conservação.

“Temos recebido informações de que há excedentes em alguns municípios, porque a distribuição é baseada em estimativas populacionais e vem ocorrendo eventuais saldos devido à baixa procura dos usuários na faixa etária a partir dos 40 anos para a primeira dose. Além disso, algumas pessoas podem estar sendo computadas em mais de um grupo prioritário, como profissionais da saúde idosos, ou com comorbidades. Esses números se sobrepõem, o que também explica que alguns municípios estão com sobras”, explica a diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa.

Porto Alegre aguarda decisão para vacinar professores
Em Porto Alegre, a prefeitura segue com a intenção de vacinar os professores. No entanto, ainda aguarda decisão favorável na Justiça para que isso possa acontecer. Caso a decisão seja favorável, a expectativa é que 10 mil profissionais se imunizem.

Caso o município consiga avançar para o grupo, a orientação estadual é que a imunização comece com trabalhadores da educação infantil, ou seja, pré-escolas e creches. O município é autônomo para decidir se utiliza as doses excedentes para continuar vacinando, em faixas etárias menores, pessoas com comorbidades.