Calheiros vê mentiras e pede a prisão de Wajngarten na CPI; Aziz nega

Relator da CPI afirmou que mentiras do ex-secretário de eram flagrantes. Presidente da CPI, Omar Azis, negou o pedido

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) se irritou durante o depoimento do ex-secretário especial de Comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, e pediu a prisão do depoente alegando mentiras e contradições durante a oitiva. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), porém, negou o pedido dizendo que “não é carcereiro de ninguém”.

Durante o depoimento, Renan perguntou ao ex-secretário se algum órgão oficial chegou a divulgar a campanha do governo federal contra o isolamento social, com slogan “O Brasil não pode parar”. Wajngarten afirmou que a campanha chegou ao então ministro Eduardo Ramos, mas disse que não sabia se órgãos oficiais divulgaram as publicações.

“Vossa Excelência mais uma vez mente. Mentiu diante dos áudios agora publicados, mentiu por ter mudado de versão em relação à entrevista que deu. Esse é o primeiro caso de alguém que vem à CPI e, em desprestígio da verdade, do Congresso, e da representação política, mente”, respondeu Calheiros, anunciando o pedido de prisão.

“Temos que ter cautela, para que aqui não sejamos um Tribunal que está ouvindo e já julgando. Não é impondo a prisão de alguém, que ela não vai dar resultado. Se depender de mim, eu não vou mandar prender o Wajngarten. Eu não gosto de ser injusto com outras pessoas”, respondeu Aziz.

Na visão do presidente da CPI, o depoimento de Wajngarten se mostrou “o mais proveitoso em termo de conteúdo” para o trabalho da Comissão. “Hoje tivemos uma informação que não tínhamos: metade da Cúpula do governo já sabia que a Pfizer oferecia vacinas desde novembro”, pontuou.