Vacina da Pfizer não requer mudanças contra novas variantes

BioNTech, que desenvolve vacina junto à Pfizer, ressaltou que mantém estudo preventivo sobre aprimoramento do imunizante

Foto: Pfizer-BioNTech / Divulgação

A farmacêutica alemã BioNTech anunciou, nesta segunda-feira, que não existe evidência de que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto com a Pfizer precise de modificações para ter eficácia contra as outras variantes do vírus.

“Até o momento não há evidência de que seja necessária uma adaptação da atual vacina anticovid da BioNTech contra as variantes identificadas”, afirmou a empresa em um comunicado.

Apesar disso, a BioNTech desenvolveu uma estratégia para lidar com as variantes, caso haja necessidade no futuro. A empresa apresentou à Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, uma emenda adicional ao estudo do ensaio global das fases 1, 2 e 3 incluindo uma avaliação do impacto de uma terceira dose e uma avaliação de modificação da vacina.

A dose da Pfizer oferece mais de 95% de proteção contra infecção, internação e morte pela Covid-19, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira passada pela revista Lancet. A pesquisa se baseou em dados da campanha de vacinação de Israel, que usou apenas o imunizante da farmacêutica norte-americana.

A BioNTech ressaltou ainda no comunicado que vários ensaios clínicos seguem em andamento, como testes em crianças de 6 meses a 11 anos, e coleta de mais dados em mulheres grávidas saudáveis. A BioNTech revelou que também trabalha para aprimorar a conservação das vacinas em ambientes menos frios. Atualmente, as vacinas devem ser armazenadas a -20°C em freezers farmacêuticos por até duas semanas.

Cerca de 450 milhões de doses da vacina da Pizer já foram distribuídas a 91 países. A União Europeia assinou contrato para a compra de 1,8 bilhão de doses para entrega ainda este ano. A previsão é que a empresa produza 3 bilhões de doses até o final deste ano e mais 3 bilhões em 2022.