A justiça paraense condenou o biólogo Luís Felipe Manvailer, nesta segunda-feira, a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pela morte da advogada Tatiane Spitzner, no município de Guarapuava, no Paraná, em julho de 2018. De acordo com o processo criminal, o acusado jogou Tatiane do quarto andar do prédio onde ambos viviam. As informações foram apuradas pelo RIC Mais.
A sentença por homicídio com quatro qualificadoras (meio cruel, motivo fútil, feminicídio e fraude processual) é do juiz Adriano Scussiatto Eyng ,do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que também condenou o réu a pagar R$ 100 mil por danos morais à família da vítima.
Durante o julgamento, Manvailer pediu perdão à família de Tatiane, à própria família e a todas as mulheres do Brasil por ter agredido a esposa. No entanto, reiterou que não matou a advogada.
O julgamento de Manvailer começou na última terça-feira, e contou com 65 horas de interrogatórios nos primeiros cinco dias. Ao todo, foram ouvidas 13 testemunhas, entre vizinhos do casal e profissionais que investigaram o caso, além de um informante e dois assistentes técnicos trazidos pela defesa do biólogo.
Na quinta-feira, terceiro dia de julgamento, teve a reexibição de imagens do circuito de segurança do dia do crime, e houve comoção entre os parentes da vítima. Durante a sessão, a promotoria exibiu as imagens originais mostrando Manvailer levando o corpo de Tatiane de volta ao apartamento, no elevador.
No dia anterior, quarta-feira, segundo dia de julgamento, o promotor de Justiça que era vizinho de porta do casal havia sido o primeiro a depor para contar sobre o dia do crime. A esposa dele, que conta ter visto Tatiane na sacada, prestou depoimento na terça-feira.
Caso
O crime aconteceu na madrugada do dia 22 de julho de 2018 e ganhou ampla repercussão nacional e internacional por envolver feminicídio e cenas chocantes.
Imagens de câmeras de segurança flagraram Manvailer agredindo a esposa, encontrada morta em casa, em Guarapuava, após cair do quarto andar do prédio.
De acordo com o inquérito, Manvailer vinha demonstrando agressividade em relação à mulher. Após a morte dela, ele ainda tentou fugir, mas acabou preso após bater o carro em uma rodovia no interior do Paraná.
