Melo volta a defender menos restrições e “tratamento diferenciado” em Porto Alegre

Prefeito desconfia da forma com que o "novo Distanciamento Controlado" será posto em prática

Foto: Mateus Raugust/PMPA

O modelo que determinará os protocolos de prevenção à Covid-19 no Rio Grande do Sul após a extinção do atual Distanciamento Controlado – que teve anúncio adiado em três dias – volta a ser debatido, nesta sexta-feira (7), pelo Governo do Estado e prefeitos. Sebastião Melo (MDB), que representá a Capital no encontro, revelou que a reunião começa às 17h e não tem hora para acabar.

A expectativa é de que o ofício enviado pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), solicitando o esclarecimento de alguns pontos do decreto a ser publicado, seja colocado em pauta. Melo, que preside a entidade, disse em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, que desconfia da forma com que a normativa será posta em prática.

“Quando eu vi a carta de intenções, vi que ela poderia não casar com o decreto que virá em sequência. Ela falava em protocolos mínimos, como luvas e distanciamento, mas sabemos que não é isso. Penso que devemos liberar todas as atividades econômicas neste momento. O escalonamento delas é que precisa ser discutido. Se não houver a liberação, não é um novo momento. É o mesmo, com um nome diferente”, critica.

Para o prefeito, o setor de eventos e as quadras de futebol se enquadram entre as atividades que deveriam ter as restrições amenizadas. Sebastião Melo também citou os bares e os restaurantes – que, hoje, atuam com 25% da capacidade. Neste aspecto, o político também defende regras específicas para a Capital, que levem em consideração o padrão de consumo da população.

“Município que tem autonomia e não tem responsabilidade, precisa ser responsabilizado. Assumi a prefeitura em meio à crise, temos equipes na Saúde e na Vigilância Sanitária para implantar processos técnicos, garantindo o cumprimento dos procotolos da Covid-19. A Capital precisa ter regras diferentes. Espero bom senso, tanto no âmbito político, quanto no técnico”, afirma.

Embate com professores continua

O chefe do Executivo na Capital se mantém firme na decisão de cortar o ponto dos servidores que aderirem à greve da educação, decretada pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). Melo pretende publicar, ainda durante o final de semana, um decreto que regulamente a contratação emergencial de profissionais, que terão pagamento proporcional ao período em que atuarem na rede municipal.