O vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior, se reuniu por quatro horas com deputados estaduais, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e representantes das 27 associações regionais de municípios. O objetivo do encontro, que terminou no início da noite desta sexta-feira, foi, novamente, explicar o funcionamento do novo sistema estadual de controle da pandemia, que irá substituir o modelo do Distanciamento Controlado, e que foi alvo de crítica de gestores municipais nesta semana. De acordo com Ranolfo, além de buscar um diálogo sobre a nova ferramenta, foram ouvidas sugestões levadas pelos prefeitos, parlamentares e autoridades que possam contribuir na estruturação do sistema.
Na manhã deste sábado, o governador Eduardo Leite participará de outras duas reuniões virtuais, uma com especialistas em saúde e outra com setores produtivos, para apresentar essa a proposta. O governo estadual vai receber sugestões sobre o novo sistema até as 18h da próxima terça-feira, através de e-mail. A previsão é que o sistema consolidado seja apresentado na quinta, dia 13, e entre em vigor a partir da meia noite do dia 14.
Novo modelo
O novo sistema, conforme o governo estadual, fará com que população, atividades e municípios sejam regradas com base em dois protocolos: os gerais e os de atividades.
Os gerais serão definidos pelo Piratini e deverão ser seguidos obrigatoriamente por toda a população. Aqui entram regramentos básicos, incluindo ambientes de trabalho e atendimento ao público, como: usar máscara, garantir ventilação e circulação do ar, manter distanciamento mínimo, por exemplo.
Já os protocolos de atividades serão divididos entre os obrigatórios e os variáveis. Os obrigatórios serão específicos e deverão ser seguidos para cada atividade, em todos os municípios, como, por exemplo, determinar a distância mínima entre mesas e grupos em um restaurante.
Já os protocolos de atividades variáveis também serão propostos pelo Estado, considerando o momento da pandemia em território gaúcho. No entanto, apesar de ter recomendações padronizadas para cada atividade, as regras poderão ser adequadas a realidade da região específica, desde que 2/3 dos municípios concordem com elas, algo similar ao que acontece na cogestão.
