Rússia homologa a “Sputnik Light”, vacina contra a Covid-19 de dose única

De acordo com o país, novo imunizante tem 79,4% de eficácia

Foto: Sputnikvaccine.com / Divulgação

A Rússia anunciou, nesta quinta-feira (6), a homologação de uma nova vacina contra a Covid-19. A fórmula é considerada uma versão simplificada da Sputnik V – e, por isso, recebeu o nome de “Sputnik Light”. A imunização seria feita com apenas uma dose, garantindo 79,4% de eficácia.

O desenvolvimento da vacina foi bancado pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que também financiou as pesquisas da Sputnik V. Segundo a entidade, a primeira vacina russa, que é aplicada no país e exportada para localidades como o Chile e a Argentina, tem 91,6% de eficácia após a aplicação das duas doses.

A expectativa é de que cada dose da Sputnik Light custe menos de US$ 10. “A vacina Sputnik Light é baseada em uma plataforma de vetor adenoviral humano bem estudada que se mostrou segura e eficaz”, declarou, em comunicado, o Fundo Russo de Investimento Direto.

O Instituto Gamaleya, que produz as duas fórmulas russas contra a Covid-19, pretende exportar a Sputnik Light. A versão com duas doses permanecerá sendo usada no país de origem. A intenção do laboratório é acelerar a imunização de grupos populacionais maiores, além de reduzir a probabilidade de casos graves da doença.

Brasil

Apesar da existência de um acordo de fabricação local e da intenção de compra das doses, a vacina russa segue longe do Brasil. Isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recusou o pedido de exportação do imunizante, alegando falhas na pesquisa e a inexistência de dados básicos sobre a fórmula.

Os criadores da Sputnik V acusam o órgão regulatório brasileiro de negar o uso da vacina por motivações políticas, e ameaçou processar a Anvisa por difamação. Segundo o Instituto Gamaleya, mais de 20 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose da Sputnik V, em todo o mundo.