Um dia após o Brasil ultrapassar as 400 mil mortes causadas pela covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu nesta sexta-feira (30) que os países que têm doses sobrando as enviem para o Brasil.
“Reiteramos o nosso apelo que quem tiver doses extras de vacina para mandar ao Brasil nos mande, para que consigamos avançar com nossa ampla campanha e evite a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus”, afirmou o ministro ainda na sua apresentação em entrevista coletiva na OMS (Organização Mundial de Saúde).
Queiroga também solicitou que o país receba o mais rápido possível as vacinas que acertou adquirir por meio do mecanismo Covax Facility, liderado pela entidade.
“Estamos trabalhando para termos as doses do Covax facility o mais rápido possível no nosso país. Estamos na iminência de assinar um novo contrato com a Pfizer de mais 100 milhões de doses”, revelou o ministro sobre um novo contrato com o laboratório americano.
O destino das 60 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca que os Estados Unidos compraram e não vão usar agora, porque o imunizante ainda não autorizado pela FDA, agência sanitária dos EUA, também foi tema do encontro.
“As negociações estão adiantadas para que elas sejam distribuídas por meio do Covax Facility, para ser utilizada nos países que mais necessitam neste momento”, disse a diretora-geral-assistente da OMS, a médica brasileira Mariângela Simão.
Aos ouvintes, Queiroga repetiu o que seu antecessor, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, já havia dito anteriormente que, até o fim do ano, todos os brasileiros estarão vacinados contra a doença.
“Até segunda-feira, vamos distribuir mais 16 milhões de doses, o que equivale a população de países como Portugal, Grécia. A nossa palavra em relação à imunização é de esperança. Temos doses suficientes para o 2º semestre e é possível se garantir que até o final de 2021 tenhamos nossa população inteiramente vacinada”, assegurou.